Os projetos complementares são os projetos técnicos que acompanham o projeto arquitetônico, porém, não é porque possuem o nome de complementares, que não são essenciais. Eles são extremamente importantes para garantir a segurança e o bom funcionamento da construção. O projeto arquitetônico define como será executada a edificação: distribuição de cômodos, tamanho dos ambientes, como será a faixada dentre outros detalhes, e ele também é o projeto responsável pela legalização da obra na prefeitura. Porém, ele sozinho não é suficiente para tornar uma edificação funcional, essa função é dos projetos complementares que adaptam o projeto arquitetônico às instalações que devem ser feitas.
Os projetos complementares mais conhecidos, essenciais e mais utilizados em qualquer tipo de construção, são os projetos elétrico, hidrossanitário e estrutural, mas também existem outros projetos específicos para determinado tipo de edificação, como por exemplo, o projeto de prevenção de incêndio. Os projetos complementares são:
Projeto estrutural: O projeto estrutural é responsável por fazer o dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais: fundação, pilares, vigas e lajes. O engenheiro elabora esse projeto com base nas normas técnicas NBR- 6118/2014 e NBR- 6120/1980, garantindo segurança e funcionalidade da edificação ao alinhar a aplicação das normas ao detalhamento. Contudo, o projeto estrutural determina qual tipo de estrutura melhor atenderá a construção, os elementos que vão na composição, além de técnicas que preveem possíveis deformações ao longo da sua vida útil. O projeto também garante eficiência na estrutura e economia na construção.
Projeto hidrossanitário: O projeto hidrossanitário determina todas as instalações hidráulicas e sanitárias da edificação. Nele é detalhado os sistemas referentes a água fria, água quente, projeto sanitário e drenagem pluvial. Esse projeto apresenta detalhadamente qual tubulação deve ser utilizada para melhor escoamento da água e esgoto, como será feita a distribuição da água, o recolhimento do esgoto, a localização de ralos, caixas de gordura, caixas de passagens e filtros, garantindo segurança, qualidade da água, das tubulações e economia na construção, evitando equívocos na hora de fazer as instalações.
Projeto elétrico: O projeto elétrico traz a descrição da instalação elétrica da edificação. Ele define todas as instalações elétricas, sistema de energia, cargas, circuitos, pontos elétricos, fiação, potenciais, correntes, distribuição e aterramento. Assim como os outros, a elaboração desse projeto garante a segurança da edificação, evitando curtos circuitos, incêndios e aumento na energia, através de cálculos de cargas e seguindo as normas vigentes.
Projeto de prevenção de incêndio: O projeto de prevenção de incêndio é necessário em construções com finalidade comercial, habitacional de uso coletivo com área superior a 200 m2, e tem como finalidade prevenir um futuro incêndio. Nesse projeto é determinado quais tipos de equipamentos devem fazer parte da edificação, dentre eles: extintores, portas cota-fogo, detectores de gás e calor por alarme, etc.
Projeto de segurança: O projeto de segurança é o responsável por elaborar a segurança da edificação, definindo a instalação de câmeras, alarmes, sensores, carca elétricas e centrais.
Projeto de climatização: Responsável por elaborar e definir as instalações referentes a ar condicionados, aquecedores, calefação, pisos aquecidos, dentre outros.
Projeto de Instalação de Gás: O projeto de instalação de gás define as tubulações e redes de gás.
Os projetos complementares quando bem planejados, são decisivos no sucesso da obra. Assim, a falta desses pode acarretar em uma série de problemas, como desperdício de materiais e atraso da obra, decorrente de uma série de problemas causados por erros técnicos que ao longo da construção, devem ser executados novamente da maneira correta. A falta do projeto estrutural pode causar a longo prazo rachaduras e recalques na edificação, colocando-a em risco até mesmo de um desmoronamento. A falta do projeto hidrossanitário pode causar problemas nas torneiras e chuveiros devido à pressão, odores nos ralos, proliferação de insetos nas tubulações, dimensionamento falho da água, dificuldades em uma futura manutenção e má qualidade da água. A falta do projeto elétrico pode causar curtos, aumento no consumo da energia, e até mesmo causar um incêndio. Todos esses fatores fazem com que ocorra uma depreciação do imóvel em uma futura venda.
Contudo, o que faz com que as pessoas não contratem um profissional habilitado para a realização desses projetos é o falso sentimento de assim, estar economizando. Mas na verdade, a falta desses projetos causa mais gastos do que o esperado. Dessa forma, os projetos complementares garantem a otimização da construção, evitam equívocos na execução, gastos desnecessários e eventuais problemas. Através destes projetos, possibilita-se a criação de uma lista precisa dos materiais de construção para o orçamento, auxiliando na redução do desperdício e consequentemente minimizando atrasos na obra; outro benefício de requisitar os projetos complementares é a valorização que este receberá em uma futura venda, e acima de tudo, garantindo segurança para as pessoas que vão usufruir desse espaço.
REFERÊNCIAS
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ESTRUTURAR ENGENHARIA JUNIOR (Minas Gerais). Estruturar Engenharia Júnior. PROJETO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO, POR ONDE COMEÇAR? 2019. Elaborada por Ricardo Ambrósio. Disponível em: https://www.estruturarej.com.br/single-post/2019/07/18/projeto-contra-inc%C3%AAndio-e-p%C3%A2nico-por-onde-come%C3%A7ar. Acesso em: 10 nov. 2020.
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