Planejar consiste em organizar previamente um plano ou roteiro para a execução de determinado objetivo. O planejamento de uma obra envolve etapas que vão muito além da elaboração dos projetos executivos. Esse processo se dá através de uma completa análise e estudo de cada etapa da obra.
O PMBOK GUIDE de 2013 define o gerenciamento de projeto como sendo a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades para atingir os objetivos, sendo que tal gerenciamento é realizado através da correta aplicação e integração de 5 grupos de processos condensados dos 42 grupos de processos do gerenciamento propostos pelo PMBOK GUIDE de 2013, sendo eles: início, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento (VARGAS, 2005). Para auxiliar nessa tarefa existem diversos mecanismos de organização, como o cronograma físico-financeiro, por exemplo, que se baseia na correlação entre o tempo de cada atividade com seu custo.
Outra técnica de gestão é o ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Act = Planejar, Fazer, Verificar e Agir). Idealizado por Walter A. Shewhart e divulgado por Deming, este ciclo tem o intuito de ilustrar a evolução contínua, mostrando por meio de sua reprodução gráfica que as técnicas de planejar e controlar são atividades incessantes no decorrer da obra, além de se adaptar ao gerenciamento na construção civil realçando a analogia entre o planejamento, o controle e as atuações necessárias para se prevenir e corrigir possíveis problemas (MATTOS, 2010).
Entretanto, realizar o planejamento apenas não basta, se este não for aplicado à prática. Uma pesquisa realizada pelo grupo de pesquisa – Mestrado em Ciências e Tecnologias na Educação do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense apontou que 76% das obras entrevistadas não cumprem o cronograma, acarretando em atrasos na entrega final da edificação. Destes, 50% foram justificadas pela falta de planejamento da obra, o que resulta em prejuízos e gastos excessivos. Enquanto o custo por metro quadrado para execução de uma obra em alvenaria era de R$ 467,23 em fevereiro de 2021, esta mesma referência subiu para R$ 486,15 no mês seguinte, como apontou o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) – uma diferença de R$ 18,92 por metro quadrado para um item dos diversos que consistem em uma obra de pequeno, médio ou grande porte.
Desta forma, enfatiza-se a importância da realização do planejamento de cada etapa da obra, bem como a necessidade de um eficaz gerenciamento de projetos, garantindo a integração de todos os processos assegurando que cada um esteja corretamente conectado ao outro, de maneira a facilitar a coordenação. Além disso, deve-se haver um gerente de projetos capaz de controlar o andamento da obra, com relação ao escopo, ao cronograma e aos custos, introduzindo ajustes, correções e modificações que se façam necessárias (SIMÕES, 2014).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENGENHEIRO DE CUSTOS. Martins, Gustavo. Disponível em <https://engenheirodecustos.com.br/planejamento-de-obras/> acesso em: 08 de maio, 2021.
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, ref. Técnica: 15/04/2021.
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, ref. Técnica: 13/03/2021.
GRUPO DE PESQUISA – Mestrado em ciências e tecnologias na educação. Instituto Federal Sul-rio-grandense. Disponível em <https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/construcao_civil-_importancia_do_planejamento_de_obras.pdf> acesso em: 08 de maio, 2021.
MOBUSS CONSTRUÇÃO. A importância do planejamento no setor da construção. Disponível em <https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/qual-a-importancia-do-planejamento-no-setor-da-construcao/#:~:text=Com%20ele%20%C3%A9%20poss%C3%ADvel%20acompanhar,or%C3%A7amento%20e%20planejamento%20de%20obras.> acesso em: 08 de maio, 2021.